1- Sobre o texto
Apareceu a Margarida, foi escrita em 1971 pelo dramaturgo, escritor, diretor, cineasta e tradutor Roberto Athayde, quando ele contava com apenas 21 anos de idade. A peça é uma das mais montadas no Brasil, bem como em outros países, já tendo sido encenada em mais de trinta países e cerca de trezentas montagens já foram realizadas no mundo.
No monólogo, uma tirânica professora usa um amplo leque de recursos, da demagogia à sedução e à chantagem, para envolver a sua turma de alunos no seu universo de desvario. A peça é uma imagem do microcosmo do poder, tendo a sala de aula como primeiro espaço de adestramento.
Apesar de ser um texto que remete ao momento em que foi escrito, o período da ditadura militar no Brasil, a peça não é datada e trata de várias questões pertinentes ao universo contemporâneo, a exemplo dos discursos do poder, do autoritarismo e a manipulação das ideias a que frequentemente todas as pessoas são submetidas, em especial, à “ditadura do consumismo”.
2- Sobre a proposta da Cia Flores de Jorge
Como a peça permite várias interpretações e enfoques sobre a despótica professora Margarida, a Flores de Jorge Cia Cênica propôs focar a proposta cênica nos discursos do poder, em suas várias instâncias, representados na emblemática figura de Dona Margarida.
O processo de criação da montagem, que durou nove meses, não traz o texto na íntegra e propôs alguns cortes e adaptações, tendo como propósito atualizar a dramaturgia para o século XXI e concentrar nos trechos mais relevantes da peça. Antes da estreia, vários ensaios abertos chamados de aulas abertas, foram realizados para estabelecer uma interlocução mais direta entre a atriz e a plateia, uma vez que no texto e na encenação, o público é pressentificado como os alunos de Dona Margarida.
O espetáculo foi viabilizado sem recursos das leis de incentivo.
3- Sobre a Flores de Jorge Cia Cênica e a equipe envolvida nesse projeto
Apareceu a Margarida é o segundo trabalho da Flores de Jorge Cia Cênica, criada em 2006, e o primeiro trabalho solo da atriz Michelle Ferreira.
O primeiro espetáculo da companhia foi a peça Hotel Açucenas, que discorre sobre histórias de vida das profissionais do sexo da rua Guaicurus, que contou com a dramaturgia de Pollyana Costa Santos e direção de Fábio Furtado e no qual Michelle dividiu a cena com a atriz Lucilene França.
Apareceu a Margarida também possibilitou ao ator Camilo Lélis assinar a sua primeira direção profissional.
A produção da peça contou ainda com vários profissionais que trabalharam de forma colaborativa com a atriz e o diretor (a ficha técnica completa segue abaixo).
Para a Cia Flores de Jorge, a peça estreia em um momento “estratégico”: no dia do professor, homenagem a esse profissional que luta todos os dias para efetivar uma educação de melhor qualidade e no momento de pós-eleição dos governantes em âmbito estadual, e, quando o Brasil caminha para o segundo turno que elegerá o novo (ou a nova) presidente do país.
Ficha TécnicaApareceu a Margarida
Texto: Roberto Athayde com adaptações do grupo
Direção: Camilo Lélis
Elenco: Michelle Ferreira
Voz da última cena: Alexandre Toledo
Criação de cenário e adereços: Tiago Almeida
Confecção de cenário e adereços: Tiago Almeida
Criação de Figurino: Iasmim Marques
Costureira: Lionéia de Almeida Marques e Maristela da Silveira Campos
Iluminação: Marina Arthuzzi
Sonoplastia: Marina Viana
Técnico de som e de luz: Wellington Santos
Projeto Gráfico: Tiago Almeida
Fotos: Leo Koroth
Filmagem: Fábio Britto
Assistência de produção: Taimara Liz
Colaboração da produção: Elbert Tales
Bilheteria Teatro da Assembléia: Mariana Moreno
Produção: Michelle Ferreira
Realização: Flores de Jorge Cia Cênica
4- Informações sobre a temporada
Estreia temporada Apareceu a Margarida:
15.10, dia do professor, 6a feira, às 21h no Teatro da Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa
Praça da Liberdade, 21, Bairro Funcionários
Apresentação também no dia 17.10, domingo às 19h
Ingressos a R$20,00 inteira e R$10,00 meia para estudantes portando comprovante de matrícula e documento com foto, professores que comprovem o exercício da docência e para os que tiverem Passaporte Cultural do Galpão Cine Horto.
Segunda temporada:
Teatro da Assembléia Legislativa de Minas Gerais
Rua Rodrigues Caldas, 30 Bairro Santo Agostinho
Novembro
20, 21, 27 e 28/11
Dezembro
04, 05, 11 e 12/12
Sábado às 21h e domingo às 19h
Ingressos a R$20,00 inteira e R$10,00 meia para estudantes portando comprovante de matrícula e documento com foto, professores que comprovem o exercício da docência e para aqueles que tiverem o Passaporte Cultural Galpão Cine Horto.
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