24 de novembro de 2010

Comentários do público

Amigos, deixo aqui as impressões de uma professora chamada Cláudia, que foi assistir ao espetáculo nesse domingo, dia 21.11. É sempre bom compartilhar a recepção das pessoas do que nos propusemos a fazer. Aos que já assistiram ao trabalho e aos que irão assistir, as impressões, sejam elas quais forem,sempre serão bem vindas! Salve Jorge!




     Ei  Michelle,minha professora querida! Como vão as aulas... Sabe-se que para ser D. Margarida é necessário ter algumas características bem marcantes. Podemos destacar algumas como paciência, pontualidade, empenho e, sobretudo muita vontade de estar ali mesmo sabendo que a grande maioria não interessa pelo que é dito.
    Mas apesar de tudo é gratificante o aprendizado afinal, tudo é verbo amar e odiar, dar e receber, sofrer e curar é  assim que caminhamos para viver a vida, que possui varias complexidades. E como achamos graça em tudo, principalmente quando nos vemos dentro daquele contexto.
     O uso da palavra é muito importante e como D. Margarida realiza de forma brilhante. Um Texto com todas as nuances de uma verdadeira sala de aula, perpassando desde as questões mais corriqueiras com um ¨pum¨ até as questões políticas que envolve a educação deste país.
    Que bom que você persistiu ao longo desses treze anos e nos presenteou com um belíssimo trabalho. Temos uma força divina que nos ergue e nos impulsiona, mostrando os caminhos infinitos a percorrer. E para que a nossa alma se expanda sem receio, através das realizações é necessário ter amor que tudo ilumina e a todos se estende sem distinção.
    Obrigado pela sua alegria, sua irreverência e sua dedicação no trabalho. Adorei mesmo, pena que BH é assim mesmo, pouco se tem abertura ficando alguns espetáculos restritos. Já falei com todos os professores onde trabalho. Agora estou esperando um amigo, que trabalha no EJA chegar de viagem para articular a possibilidade de levar os alunos. Nos próximos trabalhos, que breve irão acontecer, se houver a possibilidade de agendar nos dias de semana fica muito mais fácil de transportar os alunos.
Mais uma vez parabéns a todos aí, um forte abraço e que Papai do Céu te abençoe!!!
                                                              Tudo de bom, bjus Claudinha.

12 de novembro de 2010

O Texto


 Foto: Leo Koroth
 
Apareceu a Margarida, trata-se de um texto teatral do dramaturgo, escritor, diretor, cineasta e tradutor Roberto Athayde, escrita em 1971, quando ele contava com apenas 21 anos de idade. O texto é uma dos mais montados no Brasil, bem como em outros países, já tendo sido encenado em mais de trinta países, contabilizando cerca de trezentas montagens pelo mundo.
No monólogo, uma tirânica professora usa um amplo leque de recursos, da demagogia à sedução e à chantagem, para envolver a sua turma de alunos no seu universo de desvario. A peça é uma imagem do microcosmo do poder, tendo a sala de aula como primeiro espaço de adestramento.
Apesar de ser um texto que remete ao momento em que foi escrito, o período da ditadura militar no Brasil, a peça não é datada e trata de várias questões pertinentes ao universo contemporâneo, a exemplo dos discursos do poder, do autoritarismo e a manipulação das ideias a que frequentemente todas as pessoas são submetidas, em especial, à “ditadura do consumismo”.

Proposta de Montagem da Cia Flores de Jorge

Foto: Leo Koroth


Como a peça permite várias interpretações e enfoques sobre a despótica professora Margarida, a Flores de Jorge Cia Cênica propôs focar a proposta cênica nos discursos do poder, em suas várias instâncias, representados na emblemática figura de Dona Margarida.


Foto: Leo Koroth

O processo de criação da montagem, que durou nove meses, não traz o texto na íntegra e propôs alguns cortes e adaptações, tendo como propósito atualizar a dramaturgia para o século XXI e concentrar nos trechos mais relevantes da peça. Antes da estreia, vários ensaios abertos chamados de aulas abertas, foram realizados para estabelecer uma interlocução mais direta entre a atriz e a plateia, uma vez que no texto e na encenação, o público é pressentificado como os alunos de Dona Margarida.
O espetáculo foi viabilizado sem recursos das leis de incentivo.
A montagem realizou a estreia no dia 15 de outubro no Teatro da Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, uma homenagem ao dia dos professores.

Flores de Jorge Cia Cênica e a Equipe Envolvida nesse Projeto


 Foto: Leo Koroth


"Apareceu a Margarida" é o segundo trabalho da Flores de Jorge Cia Cênica, criada em 2006, e o primeiro trabalho solo da atriz Michelle Ferreira.
O primeiro espetáculo da companhia foi a peça Hotel Açucenas, que discorre sobre histórias de vida das profissionais do sexo da rua Guaicurus, que contou com a dramaturgia de Pollyana Costa Santos e direção de Fábio Furtado e no qual Michelle dividiu a cena com a atriz Lucilene França.
Apareceu a Margarida também possibilitou ao ator Camilo Lélis assinar a sua primeira direção profissional.
A produção da peça contou ainda com vários profissionais que trabalharam de forma colaborativa com a atriz e o diretor (a ficha técnica completa segue abaixo).

Ficha Técnica "Apareceu a Margarida"



Foto: Leo Koroth



Texto: Roberto Athayde com adaptações do grupo
Direção: Camilo Lélis
Elenco: Michelle Ferreira
Voz da última cena: Alexandre Toledo
Cenário e Adereços: Tiago Almeida
Figurino: Iasmim Marques
Iluminação: Marina Arthuzzi e Wellington Santos
Sonoplastia: Marina Viana
Projeto Gráfico: Tiago Almeida
Fotos: Leo Koroth
Produção: Michelle Ferreira
Realização: Flores de Jorge Cia Cênica


 Projeto Gráfico: Tiago Almeida